Páginas

segunda-feira, 26 de março de 2012

INTERDISCIPLINARIDADE


Resumo Texto 
INTERDISCIPLINARIDADE:
UM CONCEITO EM CONSTRUÇÃO
Por: Marcele Souza

Segundo o autor do texto muito as disse sobre a interdisciplinaridade, não se formalizou um conceito concreto capaz de unir epistemólogo, filósofos e professores num consenso. A ciência segundo Japiassú vislumbra um diálogo interdisciplinar que torne os saberes específicos acessível a todos. Ele introduziu no Brasil as concepções sobre interdisciplinaridade de foco epistemológico, considera que seja uma solução para o problema da disciplinaridade.
Afirma que a interdisciplinaridade é fundamental para a comunicação entre as disciplinas de modo que resulte numa modificação entre elas. Indica dois níveis de trabalho interdisciplinar, o nível pluridisciplinar consiste no estudo do mesmo objeto por diferentes disciplinas, sem que haja convergência quanto aos conceitos e métodos; e o interdisciplinar consiste em uma integração das disciplinas no nível de conceitos e métodos.
Para dar conta do interdisciplinar, Japiassú aponta dois métodos distintos e complementares: o método da tarefa e o método da reflexão interdisciplinar.
Já Fazenda, marca o caráter problemático da disciplinaridade no campo educacional brasileiro e aponta para uma pedagogia interdisciplinar.
Demo por sua vê, define a interdisciplinaridade como a arte do aprofundamento com sentido de abrangência, para dar conta, ao mesmo tempo, da particularidade e da complexidade do real.
Na visão de Siepierski, não existe consenso quanto ao significado de interdisciplinaridade.
O discurso da interdisciplinaridade não consegue superar a visão idealista, pois se baseiam na superação da compartimentalização dos conhecimentos e na perspectiva meramente dialógica entre as disciplinas.
Jantsch e Bianchetti argumentam que a interdisciplinaridade não pode ser concebida fora dos modos de produção históricos em vigor, ao qual subjazem a filosofia e a ciência. A abordagem interdisciplinar deve ser entendida como produto histórico. Eles ainda situam a interdisciplinaridade no campo da epistemologia e criticam a sua vinculação à filosofia do sujeito, recusam a acepção iluminista e rejeitam a ideia de realização de trabalhos em equipes. Defendem uma concepção dialética ou histórica da produção do conhecimento/pensamento pela ênfase dada à relação entre objeto e sujeito, como prerrogativa para a interdisciplinaridade, posto que nem objeto e nem sujeito são autônomos.
Para Etges a interdisciplinaridade deve orientar-se na direção da visão dialética ou histórica. O fenômeno interdisciplinar não é metafísico; funda-se no trabalho dos cientistas.
Veiga Neto estuda e entende a interdisciplinaridade como um processo pertencente à disciplinaridade e não como posição antagônica que deve ser superada. Para ele tanto a disciplinaridade como a interdisciplinaridade são partícipes de um mesmo processo histórico educacional e entende a interdisciplinaridade como um trabalho conjunto de várias disciplinas em direção do mesmo objeto de pesquisa.
Em autores como Sá, Moreira e Oliveira e Jodelet são encontradas duas associações entre interdisciplinaridade e representações sociais a saber: A primeira associação remete à ideia de multidisciplinaridade e a segunda associa a interdisciplinaridade à escola brasileira de representações sociais.
A interdisciplinaridade e representações sociais se localizam em campos que ora se constroem, ora apresentam características de superação paradigmática.

Nenhum comentário: